Em meio a um tempo, um só lamento, ou simplesmente algo para contar...
Explosões de sentimentos ou simples palavras ao vento ou apenas idéias para agrupar...
Como se chama aquela chama que de quem se ama as vezes insiste em apagar...
Ou como eu digo, quando eu não ligo e quero apenas estar...
São coisas poucas e vontades loucas que do nada me vem...
Impregna minhas roupas e minha voz rouca me impede de chamar alguém...
Como o insano ser humano consegue se diferenciar...
De coisas tão futeis e acontecimentos inúteis que costumamos nos assemelhar...
De repente o tempo para, estou numa sala, sem saber no que vai dar...
O dia se foi, a razão vem depois, começo a sonhar...
De que vale a vida, se não é vivida em toda sua intensidade...
Acho então que vida eu não tenho, ou então me abstenho da normalidade...
Ou estão todos cegos, mudos e lesos, que não enxergam a realidade...
É tudo escuro e cheio de muros que insistem em nos enclausurar...
Feito cigarro, dou um trago nos devaneios deste lugar...
Na verdade não é de tão escuro e não existem muros que nos impedem de enxergar...
A vida, simplesmente é imcompreendida, ficando sempre em segundo lugar...
Preciso nessa hora, deixar de viver por agora, e voltar a minha misantropia...
Pois aqui eu comando, ou finjo que mando nessa minha Utopia...
Bom final de semana a todos.
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